A
Ânfora
No
deslizar dos oceanos
a
ânfora desce lentamente
até
às profundezas
para
a eternidade
Abriu-se
um leque
de
seres subterrâneos
adormecidos
pelo tempo
num
despertar lento
No
fundo dos mares
transforma-se
algo de irreal
no
saltitar dos golfinhos
jamantas
e outros peixes
O
Neptuno silencioso
acompanhado
por Anfitrite
no
seu coche em forma de concha
puxado
por dois cavalos marinhos
assiste
à festa cheia de alegria
Rodeado
por sereias
está
sorridente tudo corre bem
A
dança mais animada está
mas
o malfadado cachalote
rezingão
estraga tudo…
Pedro
Valdoy