terça-feira, 7 de julho de 2015

É Assim


É Assim

É assim que as flores
dançam no ar
num beijo perene
de todos os insectos

É assim que as crianças
saltam riem
no meio da floresta
a perpetuar uma geração

São flocos de ingenuidade
num frenesim contínuo
de duas nuvens
levadas pelo vento

É assim que a serenidade
no desgaste da velhice
transporta o passado
com um manto de rosas

É o abrir das pétalas
das meninas brincalhonas
sem olharem pelos tempos
como um rio a escoar para o mar.


Pedro Valdoy

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